segunda-feira, 19 de agosto de 2013

VLADO PROTEÇÃO AOS JORNALISTAS



O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro publicou nota em que define como “atos fascistas” as posturas de alguns manifestantes contra profissionais de imprensa.

Esta é a íntegra da nota do Sindicato:

ATOS FASCISTAS CONTRA A IMPRENSA EXIGEM UMA RESPOSTA DA SOCIEDADE

A liberdade de imprensa corre perigo. A situação está cada vez mais grave para os jornalistas que cobrem, ou melhor, que tentam cobrir as manifestações de rua, no Rio de Janeiro. Um pequeno grupo de manifestantes, no melhor estilo de milícias fascistas, passou a intimidar rotineiramente as equipes de jornalismo. Nos protestos de segunda-feira 12/8 em frente ao Palácio Guanabara, em Laranjeiras, várias equipes foram acuadas e impedidas de trabalhar. Um repórter cinematográfico da TV Bandeirantes chegou a levar um soco nas costas. Não foi para isso que lutamos contra a ditadura que durante 21 anos perseguiu a imprensa, prendeu, torturou e assassinou tantos brasileiros. Entre eles, jornalistas.

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro tem condenado, com veemência, esse grupo de manifestantes que decidiu que é o dono da verdade. E que com atos de violência acaba afastando dos protestos – legítimos, é importante dizer — boa parte da população que teme esse comportamento e não concorda com ele.
Os jornalistas têm o direito e o dever de trabalhar. Tentar impedir isso, sob qualquer pretexto, é acima de tudo uma estupidez. Sem a imprensa presente, o público não toma conhecimento do que se passa nas ruas, inclusive de eventuais atos de truculência de policiais contra manifestantes. Agredir jornalistas, queimar carros de reportagem são atos que nos fazem lembrar tempos sombrios, e não apenas em nosso país.

A sociedade, de um modo geral, deve estar atenta a esse perigoso caminho que está sendo trilhado por grupelhos fascistas. É preciso que outras vozes se levantem contra tamanho absurdo, antes que algo ainda mais grave aconteça.
Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Brasília abre com grande sucesso a exposição Resistir é Preciso...


Prestigiados pela presença dos ministros Gilberto Carvalho (Secretaria Geral da Presidência da República), Maria do Rosário (Secretaria dos Direitos Humanos) e Maria Elizabeth Guimarães Teixeira Rocha, do Superior Tribunal Militar (STM) entre cerca de 150 pessoas, o Banco do Brasil e o Instituto Vladimir Herzog promoveram no dia 5 de agosto a solenidade de abertura da exposição Resistir é preciso..., no Centro Cultural Banco do Brasil, na capital federal. Também prestigiaram o evento dirigentes do Banco do Brasil, Correios, Grupo EBC, entre outros convidados. 

A mostra é uma realização do Instituto em parceria com o Ministério da Cultura, Banco do Brasil, BNDES e Correios, para contar a História da resistência da imprensa à ditadura instalada em 1964 no Brasil. Com entrada gratuita, a exposição fica na cidade até 22 de setembro. Em 12 de outubro vem para São Paulo, em seguida para Rio de Janeiro e Belo Horizonte.

A mostra reúne um expressivo conjunto de obras de arte e documentos históricos que apresentam a militância dos artistas e jornalistas denunciando abusos e crimes da ditadura. Entre os painéis da exposição está a coleção de Alípio Freire, jornalista e ex-preso político, que reuniu obras de arte de artistas plásticos como Sérgio Freire, Flávio Império, Sérgio Ferro e Takaoka, produzidas no período de cárcere, no presídio Tiradentes, em São Paulo. 



“A proposta da exposição é compartilhar com o público, principalmente com os mais jovens, as lutas de jornalistas e da classe artística pela reconstrução democrática, ocorridas nas décadas de 1960 a 1980, incluindo as diversas correntes de oposição ao regime militar e os difíceis casos de torturas e perseguições”, explica Ivo Herzog, diretor do Instituto Vladimir Herzog.

Amplamente divulgada pela imprensa e nas redes sociais, a exposição já alcançou grande interesse entre internautas e escolas, com mais de 400 mil visitas pela internet e já com a agenda lotada, até o final da mostra, para visitas de grupos de estudantes.



A máquina de escrever Olympiaportátil que Vladimir Herzog comprou em Londres, quando trabalhou na BBC no início da década de 1960, é uma das peças da exposição "Resistir é preciso…"



FICHA TÉCNICA
Concepção GeralInstituto Vladimir Herzog
Curadoria GeralFabio Magalhães
Curadoria AdjuntaVladimir Sacchetta e José Luiz Del Roio
Produção ExecutivaAna Helena Curti - arte3 |assessoria produção e marketing cultural ltda
Projeto Expográfico: Pedro Mendes da Rocha - arte3 
Projeto MultimídiaEstúdio Preto e Branco
Comunicação Visual: Chico Homem de Melo