domingo, 28 de fevereiro de 2010

José Mindlin

O Instituto Vladimir Herzog cumpre, neste momento, com profunda consternação, o dever de comunicar o falecimento, neste último domingo, dia 28 de fevereiro, de seu conselheiro, José Mindlin, aos 95 anos.

Nascido em 1914, José Mindlin, jornalista, advogado, empresário, bibliófilo reputado em todo o mundo, marcou de maneira indelével, com sua longa e profícua existência, a vida de São Paulo e do Brasil. Marcou sobretudo, como Secretário da Cultura do Governo de São Paulo, a vida de Vladimir Herzog e de sua família no período em que as forças da treva política tentavam se impor no cenário da Nação e derrotar nossos anseios pelo Estado Democrático de Direito.

Discretíssimo, apaixonado pela cultura, pelos livros e por sua família, José Mindlin, com seu estofo de autêntico estadista, pairava acima das políticas partidárias, mas exerceu, no entanto, inegável influência na formação de mais de uma geração de paulistanos e brasileiros. E com a recente doação à Universidade de São Paulo de sua formidável biblioteca privada, considerada uma das maiores e mais valiosas do mundo, seu legado se perpetuará.

Querermos deixar aqui consignadas nossas mais sinceras condolências à família de José Mindlin e a todos os brasileiros por esta perda irreparável.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Com a palavra, Marco Antonio Coelho Tavares

AGORA no ar, um trecho do depoimento de Marco Antonio Tavares Coelho que, em 1965, editou, na cladestinidade, os primeiros exemplares do jornal Voz Operária. Este depoimento faz parte do projeto Resistir é Preciso... que busca resgatar a história da imprensa de resistência brasileira no período de 1964-79.
Você tem material deste período e gostaria de compartilhá-lo conosco? Entre em contato: contato@vladimirherzog.org


Video com Marco Antonio Coelho

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Projeto Jornal Movimento procura ex-colaboradores

O “Projeto Jornal Movimento – Uma reportagem” está convidando antigos colaboradores do semanário Movimento, que circulou de 1975 a 1981, a contar sua história. Ex-vendedores, leitores, assinantes, correspondentes podem contatar a equipe do livro por email livro.movimento@gmail.com ou pelo site http://jornalmovimento.wordpress.com.




O site foi lançado no dia 26 de janeiro, com imagens de capas e informações sobre o jornal que foi um dos propulsores da campanha pela redemocratização do país. O Movimento foi um jornal revolucionário, de propriedade coletiva, voltado para a oposição à ditadura militar e a luta pelas liberdades democráticas. Mesmo mutilado pela censura durante a maior parte de sua existência, praticou o jornalismo por meio da reportagem e da apuração rigorosa dos fatos. Ao longo de seis anos, inspirou e divulgou campanhas que se tornaram vitoriosas, como a da defesa da anistia e a da Assembléia Nacional Constituinte.



A sede em São Paulo e as sucursais em outros estados converteram-se em pontos de encontro de oposicionistas, em escolas de formação de novas lideranças, que se tornaram líderes políticos de projeção. Entre seus fundadores estão Raimundo Rodrigues Pereira, Tonico Ferreira, Marcos Gomes, Bernardo Kucinski, Maurício Azedo, Jean Claude Bernardet, Elifas Andreato, Fernando Peixoto, Chico de Oliveira, Teodomiro Braga, Aguinaldo Silva e Chico Pinto.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Resistir é Preciso...

Estamos dando início a um projeto que busca resgatar a história da imprensa de resistência do Brasil durante o período de 1964 à 1979. Resistir é Preciso irá colher depoimentos em vídeo dos protagonistas que fizeram esta imprensa. Já gravamos mais de 4 horas com Raimundo Pereira do Jornal Movimento - um trecho deste vídeo esta no nosso site. Na próxima semana estaremos gravando com Marco Antonio Coelho.
Porém, mais do que uma coletânea de depoimentos, este projeto irá buscar as publicações deste período. Esta imprensa era conhecida como a Imprensa Alternativa. Uma parte dela era vendida em bancas de jornais. Exemplo - Jornal Movimento, Pasquim, PifPaf. Um outro grupo, era a imprensa Clandestina - ilegal e que faz parte do escopo deste trabalho, como por exemplo o Jornal Revolução. Há ainda um terceira grupo no escopo deste trabalho - a Imprensa no Exílio - editada pelo brasileiros que viviam exilados e que servia para informar denunciar as ações do que acontecia no Brasil, como por exemplo o jornal FBI - Frente Brasileira de Informação.
Como parte do nosso trabalho, iremos digitalizar e microfilmar todas estas publicações, contextualizá-las, desenvolver um portal na internet, produzir uma série de documentários para televisão e editar livros contando este capitulo de nossa história.
Todo este trabalho será desenvolvido pelo Instituto Vladimir Herzog em parcerias com instituições como o Arquivo Nacional, Biblioteca Nacional, Arquivo do Estado de São Paulo, CEDEM e outros. Pretendemos ter uma obra de referência para pesquisadores e historiadores.
Precisaremos da colaboração de todos aqueles que têm exemplares de publicações e que tenham interesse em contribuir para este projeto.